Vampiros de Alma

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Vampiros de Alma
Após ter lido um livro sobre Edgar Cayce, a psiquiatra dra. Shafica Karagulla sentiu que estava enfrentando um grande desafio. Edgar Cayce é conhecido como "o maior curador de todos os tempos". Ele possuía o dom de fazer diagnósticos precisos, em uma espécie de sono, observando seus pacientes a centenas de quilômetros de distância. Também prescrevia o remédio certo para seus tratamentos.
Esse livro sobre Cayce abriu à dra. Karagulla uma porta para uma série de encontros surpreendentes. Ela inventou novos métodos de pesquisas, fez experiências com sensitivos, pessoas com dons especiais, capazes de perceber campos de energia ao redor do corpo humano.Ela jamais trabalhou com médiuns em transe, mantendo-se longe dos chamados fenômenos espíritas, e afastou dos seus laboratórios as pessoas que usam seus dons para ganhar dinheiro.
Durante o desenvolvimento das suas pesquisas a dra. Karagulla ganhou a confiança de muitos sensitivos, entre os quais se encontravam muitos médicos, mas também executivos, físicos, químicos e artistas. Entre seus pesquisados, a dra. Karagulla destacou um certo dr. Dan, conhecido como o médico dos diagnósticos infalíveis. Ele tinha um certo poder magnético de curar, fazendo verdadeiros milagres com pacientes que tinham sofrido paralisia infantil. Ele contou que percebia um campo de energia que penetrava o corpo do paciente, espalhando-se em todas as direções, alguns centímetros para fora do corpo. Primeiro ele examinava o campo da energia e depois o corpo físico. No corpo energético ele via se os nódulos nervosos estavam bem. Se não estavam, ele usava métodos magnéticos de curar e podia ver imediatamente os resultados. Ele percebia no campo energético irregularidades que ainda não se ha-viam manifestado no corpo físico: por isso ele podia profetizar quando e como a pessoa adoeceria.
Uma outra médica, a dra. Alicia, também vê como o campo energético penetra no corpo físico, espalhando-se para fora dele. Quando um paciente entra em seu consultório ela sabe exatamente qual é o seu mal, pois sente as dores do paciente em seu próprio corpo. A dra. Karagulla ficou surpresa com o fato de tantos médicos terem dons paranormais e os usarem para curar seus pacientes. Só que eles nunca comentavam seus dons com ela, temendo serem alvo de críticas ou zombarias. No entanto, ficaram entusiasmadíssimos em poder conversar sobre o assunto com os colegas de profissão. Eles ficaram tranqüilos com o simples fato de existirem outros médicos com os mesmos dons.

Também é grande o número de pessoas em postos elevados (diretores de empresas, altos funcionários públicos etc.) com dons paranormais — na maioria das vezes eles não têm consciência desses poderes. Nem sempre eles eram capazes de ver onde terminavam as percepções normais dos sentidos e começavam as outras percepções, nada normais. Entre esses a dra. Karagulla destaca Diane, presidente de uma firma e mãe de família, considerada uma das sensitivas mais interessantes que ela já encontrou.
O que mais fascinava a dra. Karagulla é que Diane via. Ela via um corpo energético espalhado ao redor do corpo físico, penetrando-o como uma teia de raios de luz. Nesse campo ela via cores de energia que indicavam estados emocionais. E curioso como aqui são confirmadas as declarações de pesquisadores teosofistas (particularmente Annie Besant e Leadbeater), sempre ridicularizados pela ciência oficial.
A dra. Karagulla conta que certo dia Diane foi até seu laboratório para uma experiência e, ao mesmo tempo, apareceu por lá uma paciente que já tinha recebido alta, mas que insistia em consultá-la. Tratava-se de uma mulher extremamente egoísta, que exigia sempre a atenção de todos ao seu redor. A dra. Karagulla procurou ser gentil e dispensá-la de uma maneira bem profissional, fingindo bom humor. Quando a mulher saiu, Diane comentou: "Você está esgotada e irritadíssima. A paciente incomodou-a um bocado. Vejo pontos vermelhos espalhados sobre o seu campo emocional, como se você estivesse com sarampo . . .". E Diane tinha razão. Dra. Karagulla percebeu ser impossível esconder dela um estado emocional.
Outros sensitivos que trabalha-ram com a dra. Karagulla informa-ram terem visto campos diferentes de energia, um penetrando o outro e o corpo físico. Eles também pude-ram observar que determinadas atividades, idéias ou experiências são capazes de aumentar o fluxo de energia no campo de certas pessoas. Quando alguém se aproxima de uma pessoa querida seu campo energético torna-se mais claro e radiante. Isso também acontece com algumas pessoas, ao conversarem sobre assuntos interessantes. Quem é culto e inteligente, ao reagir com entusiasmo às idéias positivas, mostra em seu campo de energia uma modificação que varia de uma claridade média a uma radiante. Uma pessoa assim irradia vivacidade e energia ao seu redor.
A dra. Karagulla chegou a conclusão de que, segundo as declarações dos sensitivos, nós vivemos e nos movimentamos em um enorme e complicado oceano de energias. Essas energias entram e saem pelos campos de energia individuais. Pode-se comparar isso à respiração: exalar, inalar.
Cada indivíduo parece desenvolver o seu próprio processo para se recarregar de energias (fazendo longos passeios de barco, andando pela floresta, ouvindo música ou trabalhando em atividades criativas). Certas atividades ou estímulos dão acesso ao oceano de energia. Outras atividades e emoções impedem-no. Tristeza, egoísmo ou depressão, por exemplo, parecem impedir o acesso àquele oceano. Os sensitivos descrevem ainda a existência de linhas reluzentes ligando certas pessoas, mesmo a longa distância. Essas linhas são bem visíveis entre gente que se ama.

Um sensitivo contou que durante uma representação teatral um padrão de energias muito intenso e interessante se desenvolve. O campo emocional do ator, vai aumentando, ficando cada vez mais radiante, até envolver o público todo. O campo emocional do público se mistura com o do ator e esses dois campos ficam unidos durante a representação toda. No final, os aplausos quebram a união dos dois campos energéticos, e cada um começa a funcionar novamente em seu campo emocional próprio, se-parado dos demais. Se o ator não for capaz de "alcançar o público", ele não consegue unir os dois campos energéticos, e todos dirão que a peça não era grande coisa, podendo levar a companhia ao fracasso.
As pesquisas mais importantes da dra. Karagulla dizem respeito aos campos energéticos. Hoje, quando está na moda falar das nossas "energias" que os outros conseguem sentir, que se fala corrente-mente sobre "vibrações", "correntes de energia" e a criação de "harmonias", estamos começando a ficar mais conscientes das influências às quais o ser humano está sujeito. Para a maioria, porém, existe a pergunta: como essas energias influenciam os homens?
Todos conhecem aquela sensação de se estar sujeito a influências negativas e positivas. Elas vêm de fora ou de dentro? O que quer dizer histeria coletiva? Como é possível que um grupo se deixe levar por uma só pessoa? Por que certas pessoas não se sentem bem na companhia de outras? Por que nos sentimos felizes quando nossos semelhantes também estão felizes ? E o que as energias invisiveis tem a ver  com tudo isso ?

À continuar . . .


Extraido de um texto de Alexandra Gabrielli    ---   Junho de 1979




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