A HISTÓRIA DA PÁSCOA


A HISTÓRIA

A maioria das tradições do feriado religioso da Páscoa está contida nos rituais pagãos, o que gerou grande variedade de lendas, ícones, símbolos e costumes, que passaram a fazer parte da celebração. 

Séculos antes do nascimento de Cristo as tribos pagãs da Europa adoravam a bela deusa da primavera - EE-ah-tra, depois Eostre. Festivais para celebrar o nascimento da primavera eram organizados em honra da entidade no final de março, tempo do equinócio de inverno no hemisfério norte. 

Filólogos acreditam que a palavra Eostre evoluiu em inglês para Easter e em alemão para Ostern, que significam Páscoa. Outros associam a palavra Easter com o nascer do sol no Este. 

A Páscoa já era celebrada pelos judeus antes mesmo do nascimento de Jesus, com outro sentido: o de liberdade, após anos de escravidão no Egito. 

Para nossa civilização cristã, "Páscoa" tem origem hebraica (Pessach) e significa passagem pois celebra o renascimento de Jesus Cristo e sua ascensão ao céu, dois dias depois da morte na cruz (sexta-feira santa).


DATAS CONTRADITÓRIAS 

Os cristãos e judeus celebravam a Páscoa/Pessach no mesmo dia. Os cristãos, sempre muito ligados a tradições, desejavam unificar a suas celebrações de Páscoa e fizeram articulações nesse sentido. 

As Igrejas (ortodoxa e romana) aceitaram mudar o dia do Pessach, mas a data permaneceu em aberto. 

O Imperador Constantino I, que havia aderido ao cristianismo pediu que o Papa Gregório XIII aproveitasse o encontro líderes religiosos ecumênicos no Concílio de Nicea, na Ásia Menor (atual Turquia) em 20 de maio de 325, para fixar uma data oficial: o primeiro domingo após a primeira lua cheia a partir do primeiro dia de primavera. 

Como o Concílio não conseguia chegar a um acordo, Constantino enviou cartas aos líderes que não haviam comparecido. As cartas pedindo uma celebração uniforme ignoravam o calendário judaico (e seu Pessach) sob a alegação de que os judeus rejeitavam Cristo. 

Por falta de consenso, as celebrações prosseguiram em datas diferentes: as Igrejas do leste europeu (ortodoxas) passaram a seguir o calendário Juliano. As do oeste (romanas) adotaram as determinações do Papa Gregório. 



OVOS DE PÁSCOA 

O ovo é considerado a mais perfeita embalagem natural. Em diversas culturas também simboliza o começo do universo. Os sacerdotes druidas escolheram o ovo como símbolo de sua seita. Outra corrente assegura que o ovo é símbolo pascal inspirado no costume chinês de colorir ovos de pata, para celebrar a vida que deles se origina. 

Ovos eram cozidos e comidos durante os festivais do antigo Egito, Pérsia, Grécia e Roma. Coloridos, eram presenteados para celebrar a chegada da florida primavera, depois do inverno branco no Hemisfério Norte. 

Estas culturas tinham o ovo como emblema do universo, a palavra da suprema divindade, o princípio da vida. 

Vários costumes associados à Páscoa não existiam até o século XV. 

Acredita-se que os missionários e os cruzados trouxeram para a Europa Ocidental o costume de presentear com ovos. Na época medieval, eram pintados de vermelho para representar o sangue de Cristo. 

Os cristãos adotaram esta tradição e o ovo passou a ser o símbolo da tumba da qual Jesus ressuscitou. 

Ovos de chocolate começaram a aparecer no século XVII. Ovos de plástico recheados de ovos de chocolate ou bombons surgiram na década de 60.



COELHO DA PÁSCOA 

O coelho simbolizando a Páscoa também tem origem anglo-saxônica e pré-cristã - simboliza a fecundidade. 

Lebres e coelhos eram associados à abundância da nova vida, após um inverno de privações. Na verdade era uma lebre – que já nasce com os olhos abertos - e não um coelho que simbolizava a Páscoa. 

Desde a antiguidade, a lebre, cuja gestação dura apenas um mês, era a representação da Lua, que neste mesmo espaço de tempo passa da escuridão da Lua Nova ao brilho da lua Cheia. 

A última Lua cheia após o equinócio de inverno determinava a data da Páscoa. Também de acordo com as lendas, o coelho de Páscoa era um belo pássaro que pertencia à deusa Eostre e, um dia, transformou-se. Como no mago - continuava pássaro, o coelho continuava a construir seu ninho e o enchia de ovos. 

As crianças suíças acreditam que um cuco traz os ovos, as tchecas esperam que uma cotovia lhes traga presentes e as alemãs possuem outras duas opções, além do coelho : galos ou cegonhas. 

No Brasil, tradição do coelho e dos ovos de Páscoa data do início do século XX. Foi trazida, em 1913, por imigrantes alemães.


LÍRIO DA PÁSCOA 

O lírio - símbolo da pureza pela sua cor e delicada forma -também simboliza inocência e a vida junto a Deus.



AS PARADAS DE PÁSCOA 

Nos primeiros tempos do cristianismo, aqueles que eram batizados durante a quaresma, usavam roupas brancas durante a semana da Páscoa como um símbolo da nova vida em Cristo. 

Os já batizados usavam roupas novas neste mesmo período indicando a vivência de um novo tempo. Roupas novas e Páscoa eram símbolos da graça divina. 

Durante a Idade Média na Europa, as pessoas formavam multidões no Domingo de Páscoa, usando suas roupas novas, daí começando a tradição das Paradas. 

Os norte-americanos acreditam que quem usa roupa nova no Domingo de Páscoa, terá boa sorte durante o resto do ano.



CORDEIRO DA PÁSCOA 

Prato tradicional do jantar de Páscoa, veio da tradição do Pessach judaico. 

Borboletas também são usadas para significar renascimento, seu ciclo evolutivo a partir da crisálida é único no mundo animal. O estágio de casulo representa a crucificação e enterro de Jesus. O produto final, o lindo inseto voador, é associado à ressurreição.



BREVE HISTÓRIA DO CHOCOLATE 

O cultivo do cacau começou nas civilizações que habitavam os atuais territórios do México e da Guatemala. 

Os astecas e maias, habitantes daquelas regiões, acreditavam que o Deus Quetzalcoatl - personificação da sabedoria e do conhecimento - trouxera dos céus as sementes sagradas, um verdadeiro alimento dos deuses. 

Em 1519, o explorador espanhol Fernão Cortez, impressionado com a mística que envolvia chocolate e a fama de seu poder afrodisíaco, estabeleceu no México uma plantação de cacau para o Rei Carlos V. Começou a trocar sementes de cacau por ouro, bem que não tinha o menor valor para o povo asteca. 

O governo espanhol monopolizou o comércio de chocolate, estabelecendo impostos muito altos, o que fez com que se transformasse em bebida das classes privilegiadas 

A França começou a cultivar cacau na Martinica. O plantio chegou à Jamaica, Trinidad e São Domingos e, posteriormente, às Filipinas e outras regiões da Ásia. A princesa espanhola Maria Teresa, mulher de Luís XIV, introduziu o hábito de tomar chocolate na corte francesa, o que logo se tornou moda. 

A comercialização do pó começa após o invento da prensa pelo químico holandês Coenraad van Houten, juntamente com a manteiga de cacau. 

Em 1819, François Louis Cailler abre a primeira fábrica de chocolates suíços. 

Em 1826, aparece o chocolate misturado com avelãs moídas, idéia de Philipp Suchard. 

Em 1875, Daniel Peter e Henri Nestlé inventam o chocolate ao leite. 

O produto final foi cada vez se aperfeiçoando: mais macio, saboroso e cheio de ingredientes. Uma análise detalhada do chocolate revela que raramente é encontrada tanta energia e nutrientes naturais em um só produto. 

A fabricação de chocolate, que começou em pequenas oficinas com equipamentos singelos, hoje tornou-se um rentável negócio de corporações multinacionais. 

Pesquisado na internet por Theresa Pires