Parashá Bo



Na porção desta semana, a negociação continua e as “pragas” representam a possibilidade de retificação dos diversos atributos da nossa Árvore da Vida, As “pragas” são, na verdade, “golpes” da Luz do Mundo Infinito sobre o mundo corrompido da fisicalidade. 


Desta forma, do primeiro até o último golpe sobre o “Egito”, o que estava em questão, era o domínio do ego. O êxodo, por sua vez, é a remoção dos nós energéticos e das amarras, permitindo que os aspectos mais refinados do ser humano venham à tona.


A Cabalá nos ensina que a participação da Luz no processo de crescimento do ser humano é nos conceder o livre-arbítrio. Até a sétima praga, a saída da condição de servidão seria uma escolha para os hebreus. 


Porém, nas três últimas pragas citadas nesta porção, não havia mais possibilidade de livre-arbítrio, eles ficaram submetidos a uma força predeterminada e saíram por que não tinham opção diante de uma grande energia de mortificação. De certa forma, houve uma “coação”.


O ser humano tem uma tendência a buscar um caminho espiritual quando se sente “ameaçado”. Entretanto, a permanência é um grande desafio porque o desapego aos limites do “eu” (ego) corresponde muitas vezes a abrir mão da própria vontade , numa união de puro amor em que não há distinção entre Criador e criação: “… e nós não sabemos como serviremos ao Eterno, até chegarmos lá” (Shemot 10:26)