Esqueleto de ‘vampiro’ é descoberto na Polônia

Arqueólogos na Polônia acreditam ter feito uma descoberta surpreendente: um grupo de sepulturas de vampiros.

Os túmulos foram descobertos durante a construção de uma estrada perto da cidade polonesa de Gliwice, onde os arqueólogos estão mais acostumados a encontrar restos mortais de soldados da Segunda Guerra Mundial.
Mas, em vez de soldados, os túmulos continham esqueletos cujas cabeças foram cortadas e colocadas em suas pernas. Isso indicou aos arqueólogos que os corpos tinham sido objetos de uma execução ritual destinada a assegurar que os mortos realmente ficassem mortos.
Manter a cabeça separada do corpo, de acordo com a superstição antiga, impediria o “morto-vivo” de se levantar do túmulo para aterrorizar os vivos. A decapitação era uma maneira de conseguir isso.
Havia outras maneiras, igualmente bizarras, de se lidar com o enterro de “vampiros”, de acordo com a pesquisa publicada pelo antropólogo Matteo Borrini. Ele cita o caso de uma mulher que morreu durante uma praga no século 16 em Veneza, na Itália. A mulher estava aparentemente enterrada com um tijolo preso firmemente em sua boca aberta, um método popular medieval de impedir suspeitos de “vampiros” a voltar a alimentar-se do sangue dos vivos. Acusar uma pessoa de ser vampira era uma maneira não-rara de encontrar um bode expiatório para um desastre “inexplicável”, como uma praga.
Em outros casos, o corpo de uma suspeita de ser vampira foi implantado ao solo – o corpo estava fixado em uma estaca feita de madeira. Em 2012, arqueólogos búlgaros encontraram dois esqueletos com barras de ferro que perfuravam o peito, indicando que eles podem ter sido considerados vampiros.
A prática de decapitar os corpos de supostos vampiros antes do enterro era comum nos países eslavos durante a era cristã, quando as crenças pagãs ainda eram generalizadas.
A maioria das histórias sobre vampiros tendem a seguir um certo padrão, onde um indivíduo ou família morre por causa de algum evento infeliz ou doença, e antes que a ciência possa explicar essas mortes, o povo escolhia culpá-los como sendo “vampiros”.
Não há consenso ainda sobre quando os corpos encontrados na Polônia foram enterrados. De acordo com Jacek Pierzak, um dos arqueólogos envolvidos na descoberta, os esqueletos foram encontrados sem jóias, fivelas de cintos, botões ou outros artefatos que poderiam ajudar a fornecer uma data do sepultamento. [LiveScience]