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Lenda dos Orixas - Quando Obá perde a orelha.



Obá


Lenda dos Orixas - Quando Obá perde a orelha.

Xangô, rei de Oió, tinha três lindas esposas: Iansã, Oxum e Obá.

Iansã era guerreira e muito inconstante. Oxum era doce e delicada, mas muito ardilosa. E Obá, a mais velha das três, também tinha o espírito guerreiro, porém era insegura por conta de sua idade.

Cada semana uma das esposas cozinhava, e como todo rei, Xangô decidia com qual esposa iria se deitar no dia. Obá percebia que Xangô procurava mais Oxum que a própria Iansã, a qual seria sua parte feminina. Também sabia que Oxum era uma grande feiticeira, conhecedora das ervas e de mistérios que ninguém mais conhecia.

obá


Se questionou:

´´ Já não me procura mais, O que deve ser? Sou velha demais? Não agrado mais ao meu rei?``

Desconfiada, foi logo procurar Oxum assim que Xangô saiu de seus aposentos e encontrou a Iabá de frente para o espelho ajeitando um lenço que acabara de pôr em sua cabeça, cobrindo também suas orelhas.

Obá, meio sem jeito, arriscou de uma vez a perguntar qual era o segredo de Oxum para deixar seu rei tão encantado a ponto de procurá-la quase todos os dias.

Observando a insegurança da rival Oxum começou a se gabar:

´´  Você quer saber qual o meu segredo?! - Riu- Meu Rei me deseja toda noite porque tenho um ingrediente secreto que coloco em seu Amalá que o deixa insaciável por mim!  ``

Quanto mais Oxum falava, mais Obá se entristecia. Percebendo a fragilidade da mulher, promete ajudá-la. Diz que ensinaria a ela seu segredo, mas que deveria ser feito a risca, pois seria também uma prova de seu amor pelo rei. Obá concorda e Oxum diz:

" Meu segredo é simples... Cortei minhas orelhas e coloquei no Amalá de Xangô. O resultado você já viu, não é? Faça o mesmo, mostre-o como você o ama. "

Na semana seguinte chegou a vez de Obá cozinhar e seguiu o conselho direitinho. Preparou o Amalá de seu esposo e para enfeitar o prato decepa sua orelha e a coloca no meio do prato. Ensanguentada amarra um lenço enfaixando sua cabeça e vai logo mostrar-se a Xangô.

obá

A mulher ferida estava de joelhos, com os pratos nas mãos e feliz pelo ato de amor que fizera. Mas isso só causou em Xangô repugnância e Òdio. Oxum que também estava presente descobre a cabeça e mostra suas orelhas intactas e diz:

" Achas mesmo que Oxum vai cortar suas belas orelhas? As orelhas de Oxum só servem 

para carregarem jóias e serem acariciadas pelo amor de seu rei Xangô"

obá


Foi a gota que faltava. Xangô brandando raios e trovões expulsa as duas iabás de seu palácio no céu, ficando somente com Iansã como esposa. Obá e Oxum se transformaram em dois rios que desceram em forma de cascata e toda vez que suas águas se encontram acontece um conflito, como a pororoca.

Axé!


Quando a boca cala, o corpo grita! Sinais que seu corpo não está bem





A enfermidade é um conflito entre a personalidade e a alma.


O resfriado escorre quando o corpo não chora.

A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.

O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.

O diabetes invade quando a solidão dói.

O corpo engorda quando a insatisfação aperta.

A dor de cabeça deprime quando as duvidas aumentam.

O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.

A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.

As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.

O peito aperta quando o orgulho escraviza.

A pressão sobe quando o medo aprisiona.

As neuroses paralisam quando a "criança interna" tiraniza.

A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.

Os joelhos doem quando o orgulho não se dobra.

O câncer mata quando não se perdoa e/ou se cansa de viver.
E as dores caladas? Como falam em nosso corpo?

A enfermidade não é má, ela avisa quando erramos a direção.

O caminho para a felicidade não é reto, existem curvas chamadas Equívocos.

Existem semáforos chamados Amigos, luzes de precaução chamadas Família, e ajudará muito ter no caminho uma peça de reposição chamada Decisão, um potente motor chamado Amor, um bom seguro chamado Fé, abundante combustível chamado Paciência.

Mas principalmente um maravilhoso Condutor chamado DEUS.

Fonte: Internet

HITLER: O Mago Negro



Ninguém entende até hoje como Adolf Hitler conseguiu hipnotizar milhões de alemães e levá-los a uma cruzada genocida na Europa, da qual resultou a morte de milhões de pessoas e a mudança da face política de nosso mundo. Como este homem medíocre conseguiu arrebanhar a fascinação e a confiança de tantas pessoas e até hoje fascinar milhares de outras ? 

Este indivíduo miserável que era um monstro acima de tudo, juntou a escória da humanidade ao seu lado criando a hedionda solução final, que não só matou judeus, mas ciganos, russos, doentes mentais, homossexuais, etc. 

Este homem possuía entretanto um pacto, com forças terríveis que levaram o seu destino ao ápice e depois a uma derrocada final em 45 no bunker em Berkim. Mas será que ele realmente perdeu a guerra ? Será que ele não conseguiu cumprir seu desígnio ? Vamos analisar neste texto alguns fatos a respeito disto. 

A História 

Adolf Hitler nasceu em 1889 na cidade de Branau, celeiro de videntes e prestigitadores. Filho de Alois Schicklgruber, - Alois Hitler, um obscuro funcionário da alfândega e de Klara Hitler, teve uma infância pouco notável e uma juventude pouco destacada. Vivia em Linz como estudante de arte, mas falhou duas vezes ao prestar exame para a Academia de Artes. Por alguns anos viveu só e isolado, conseguindo uma pequena renda com a pintura de cartões postais e anúncios, e vagando de um abrigo municipal para outro. 

Em 1913 Hitler mudou para Munique, sendo chamado temporariamente a Áustria para ser examinado para o exército (1914). Foi rejeitado como inapto, mas acabou servindo como voluntário no exército alemão no início da 1a. Guerra Mundial. 

Em 1916 foi ferido em combate e envenenado em 1918 por gás em combate. Ganhou a Cruz de Ferro e voltou para a Alemanha no final da guerra como milhares de outros soldados. Em 1919 entra no que seria o futuro Nationalsozialistishe Deutsche Arbeiterpartei, partido nacional dos trabalhadores alemães, e em 1920 começa sua carreira política. 

Neste momento é que Hitler começa a ter suas iniciações místicas e que o levariam ao poder sobre a Alemanha. 

De acordo com certos historiadores o líder alemão teria sido iniciado na Ordem de Thule, uma antiga e secreta ordem mística que possuía terríveis segredos, entre eles a localização das fontes de poder de Atlantis e comunicação como os senhores do mundo de Agharta. 

Hitler teria sido levado secretamente ao Tibet em 1921 e iniciado com Lamas nos mistérios de Agharta. Dizem que até mesmo teria visitado esta lendária cidade. 

Uma das coisas que provam esta iniciação é a adoção da suástica como símbolo do partido. A suástica é um poderoso símbolo budista que contém uma grande força mágica e o “fuhrer”, sabia disto. (na verdade em muitos aspectos a Suástica representa o fogo roubado dos céus por Prometeu). 

Hitler continuou sua caminhada ao poder, lutando contra diversas forças e tendo como alvo os judeus, que na sua opinião ainda guardavam segredos dos tempos antigos e que pretendia diminuir a sua força mágica. 

Quando alcançou o poder diversos atos considerados inexplicados são revelados por serem rituais mágicos de comunicação com as forças infernais e negras do éter. Cada um de seus atos tinha um propósito oculto, mesmo as SS de Himmler, eram a sua ordem negra, onde os altos oficiais eram iniciados em terríveis segredos mágicos. 

Hitler começou a sua política de agressão por acreditar que o povo alemão era o povo escolhido para governar um novo mundo, com uma raça superior de homens. Ele promovia secretamente reuniões mágicas e mandava expedições aos quatro cantos do mundo em busca de artefatos místicos. O Arianismo que pregava era um disfarce para ocultar o movimento das forças que controlava e que tinha a sua disposição. 

A Guerra 

A 2a. Guerra Mundial foi iniciada no dia 1º de setembro de 1939, que fazendo a numerologia nos dá (1+9+1+9+3+9=32=3+2=5)5 que é o Papa, ou o Hierofante, que também indica a iniciação, o 5 é um número muito poderoso, pois o seu símbolo é o pentagrama. Podemos citar que 5 também é o número de Marte, o senhor da Guerra. Vejamos que interessante, aqui temos um ponto de vista que a data escolhida tinha um profundo significado místico. 

Agora vamos ao final da guerra, 8 de maio de 1945 (8+5+1+9+4+5= 3+2 =5), novamente o Hierofante, que interessante não? 

O Final 

Hitler já sabia de sua morte em 45 e tentava ocultar isto de todo o jeito. Diversas vezes seus criados o ouviam a noite falando com alguém em seu quarto e a voz que respondia a suas frases era sibilante e medonha. Muitos se recusavam a acordar o líder alemão a noite, pois dizia-se que diversas entidades negras ficavam em seu quarto. A verdade é que Hitler foi um dos piores pesadelos da humanidade, pois levou milhões a morte e submergiu o mundo num pesadelo da chamada Guerra Fria. 

Analisando o "suicídio" de Hitler em 30 de abril de 1945 (3+0+4+1+9+4+5=26=8), ou seja a Justiça! Olha que interessante, ele sabia que havia chegado a hora de seu julgamento e que pagaria pelos seus erros. Mas que erros são estes? 

Hitler em 1939 liberou o mal no mundo, soltou diversas entidades inferiores vindas de seus rituais mágicos. Estas entidades o apoiaram em suas incríveis vitórias na Polônia e na França, mas ao invadir a Rússia, algo deu errado. Alguns textos ocultos dizem que Hitler negou a dar um tributo a um príncipe negro e o mesmo insuflou os russos a lutarem desesperadamente. 

O Inverno de 41 foi invocado por este príncipe e os erros estratégicos, como Stalingrado perpretados por ele. Ali Hitler lutou contra diversas forças mágicas que o acabaram derrubando do poder. 

Muitos magos na Europa se juntaram para combater os nazistas, inclusive diversos colégios Ingleses, Franceses e Russos (apesar do comunismo, diversas escolas estavam ativas na antiga União Soviética) fizeram vendetas mágicas contra os alemães. 

A verdade é que Hitler e seus asseclas foram vítimas de sua fome de poder e por terem tentado lidar com forças mágicas terríveis, acabaram pagando caro por isso. 

Seu poder negro que levou a Alemanha para o abismo é ainda fonte de muitos mistérios que aos poucos serão revelados.

Autor:  Doc Ablurat


O vale da morte


O vale da morte
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No longínquo norte da Rússia existem lugares onde nós jamais pisamos, locais nos quais nenhuma alma humana vive e onde trilhas não existem. Regiões de misteriosas florestas e acontecimentos obscuros, que fazem até mesmo os mais corajosos exploradores não quererem visitar o lugar.
Os poucos que foram capazes e enfrentar seus medo e explorarem o Vale da Morte, em Yakutia, voltaram contando histórias inacreditáveis, capazes de deixar a todos boquiabertos. Muitos que estiveram lá revelam terem encontrado misteriosas estruturas metálicas que saem do 
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chão. Perto delas é possível encontrar entradas para estranhas passagens subterrâneas que são aquecidas, por algo ou alguém totalmente desconhecido, são literalmente cavernas quentes no meio de um dos lugares mais frios do mundo.

Esses locais e estruturas estão ficando mais difíceis de encontrar, mas nos seus lugares originais é possível ver manchas vermelhas no solo, que são misteriosas, pois quem ficar perto delas sente-se mal e desmaia em pouco tempo se ficar parado. Alguns contam que após estarem pertos das manchas tiveram doenças inexplicáveis, algumas vezes até envolvendo mortes.
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Moradores antigos de regiões próximas contam lendas de demônios locais chamados de Niurgun Bootur e Tong Duurai. Já ufólogos defendem a tese de que esses lugares possuem instalações extraterrestres, dizem que eles acabaram chegando ali após uma batalha e sua nave estaria abaixo do solo, onde eles viveriam até hoje.
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O lugar se torna ainda mais estranho devido a algumas medições que revelaram altos níveis de radiação inexplicáveis, o que deixa o lugar ainda mais inóspito, tornando a estadia lá extremamente perigosa.
Muitos mistérios envolvem o Vale da Morte e talvez muitos outros possam ser descobertos devido à falta de conhecimento que temos sobre ele, talvez o local guarde segredos que a humanidadeainda não é capaz de entender…
Mistério indicado por: Joel Dione Marques. Via Minilua


A Lenda do Vagalume


A Lenda do Vagalume


Vaga - Lumes


  
Conta  a lenda que uma  vez uma serpente começou  a perseguir um vaga-lume. 
Este fugia rápido da  feroz predadora, e a  serpente não desistia. 

Primeiro  dia , ela o seguia.
Segundo dia ,ela  o seguia...
No terceiro  dia, já sem forças,  o vaga-lume parou e  falou á serpente :
-  Não estou acostumada  a dar este precedente  a ninguém porém como  vou te devorar, podes   perguntar .Contestou  a serpente !! 

-Posso te fazer tres perguntas?

-   Pertenço a tua  cadeia alimentícia ?  Perguntou o Vaga lume.
  • Não, respondeu a serpente. 
  • -   Eu te fiz algum  mal ? Diz o vaga-lume.
-  Não. Tornou a responder  a serpente. 
  • Então  por que queres acabar  comigo ???
-  Porque não suporto  ver-te brilhar.

Conclusões 

Muitas  vezes nos envolvemos  em situações nas quais  nos perguntamos: 
Por  que isso me acontece  se não fiz nada  de mal , nem causei  dano a ninguém? 

Certamente  a resposta seria :  Porque não suportam  ver-te  brilhar... ! 
Quando  isso acontecer, não  deixe diminuir seu brilho.
Continue  sendo você mesmo,!  Segue fazendo o melhor! 
Não permita que te  lastimem, nem que te  retardem. 
Segue brilhando  e não poderão tocar-te...  Porque tua luz continuará  intacta.

Tua  essência permanecerá, aconteça  o que acontecer... 
Seja  sempre autêntico, embora tua luz incomode  os predadores.!!


e  recebeste esta mensagem,  significa que quem   enviou te considera  uma pessoa brilhante! 
  Um ser humano  cheio de qualidades  e que sobretudo és  LUZ para todos que  te rodeiam.

Tenha uma semana de muito brilho!!!!!



A lenda das caveiras de cristal


Os misteriosos crânios que inspiraram o novo filme de Indiana Jones estão entre as maiores fraudes arqueológicas modernas. Vendidas como relíquias maias ou astecas, elas surgiram misteriosamente na loja de um traficante de antigüidades do século XIX
por Jane MacLaren Walsh

© THE BRITISH MUSEUM, LONDRES
O exemplar que integra o acervo do Museu Britânico, comprado da joalheria Tiffany’s
Há 16 anos, o Museu Nacional de História Americana recebeu um pacote pesado acompanhado de uma carta apócrifa que dizia: “Esta caveira de cristal asteca, que se acredita ser parte da coleção de Porfírio Díaz, foi comprada no México em 1960.(...) Estou oferecendo-a ao Smithsonian”. Richard Ahlborn, então curador das coleções hispano-americanas, me perguntou se eu sabia algo sobre o objeto – uma estranha caveira feita de um cristal branco-leitoso, maior que uma cabeça humana. Ele conhecia meu trabalho com arqueologia mexicana.

Eu de fato tinha conhecimento de uma caveira de cristal em tamanho natural exposta no Museu Britânico, e de uma versão menor que o Smithsonian havia exibido certa vez como falsa. Depois de alguns minutos tentando descobrir o significado e a importância desse estranho objeto, ele me perguntou se o departamento de antropologia teria interesse em ficar com ele. Sem hesitar, respondi que sim. Se a caveira se revelasse uma genuína peça pré-colombiana, um objeto tão raro deveria definitivamente passar a integrar a coleção do Smithsonian.

Na época, eu não poderia imaginar que essa doação inesperada abriria uma linha de pesquisa totalmente nova para mim. Nos anos seguintes, minhas investigações sobre essa caveira me levaram a pesquisar a história de coleções pré-colombianas em museus ao redor de todo o mundo e a colaborar com diversos cientistas estrangeiros e curadores que depararam com caveiras de cristal.

Não faltam teorias sobre suas origens. Alguns acreditam que sejam peças do artesanato maia ou asteca, mas elas se tornaram tema também de constantes discussões em sites de ocultismo. Alguns insistem em afirmar que surgiram em um continente submerso ou em uma galáxia distante. E agora essas caveiras estão fadadas a se tornar um “hit arqueológico” graças ao nosso colega de celulóide, Indiana Jones, que se ocupa delas em seu mais novo filme, Indiana Jones e o reino das caveiras de cristal.

CORTESIA DE JANE WALSH/MUSEU NACIONAL DE HISTÓRIA, CIDADE DO MÉXICO
O antiquário francês Eugène Boban expõe sua coleção de artefatos meso-americanos em Paris em 1867
Essas exóticas esculturas normalmente são atribuídas a culturas pré-colombianas meso-americanas, mas não há uma só caveira de cristal em nenhuma coleção de museu que tenha saído de uma escavação documentada, e elas têm pouca relação técnica ou estilística com qualquer representação de caveira genuinamente pré-colombiana. Essas caveiras são adoradas hoje por uma grande seita de velhos hippies e seguidores da filosofia New Age, mas qual é a verdade por trás das caveiras de cristal? De onde elas vêm e por que foram produzidas?

Os museus começaram a colecionar essas peças durante a segunda metade do século XIX, quando nenhuma escavação arqueológica de cunho científico havia sido realizada no México e o conhecimento sobre artefatos pré-colombianos reais- era escasso. Esse foi um período em que floresceu uma verdadeira indústria de falsos objetos pré-colombianos. Quando o arqueólogo W. H. Holmes, do Smithsonian, visitou a Cidade do México em 1884, encontrou “lojas de relíquias” por toda parte, repletas de cópias falsas de vasos de cerâmica, flautas e vestimentas.

As primeiras caveiras de cristal mexicanas apareceram pouco tempo antes da invasão francesa em 1863, quando o exército de Luís Napoleão ocupou o país e instalou Maximiliano da Áustria como imperador. Em geral, essas primeiras caveiras eram pequenas, mediam menos de 4 cm. O exemplar mais antigo parece ser o do Museu Britânico, de cerca de 2,5 cm de altura, adquirida provavelmente em 1856 pelo banqueiro inglês Henry Christy.

Duas outras foram exibidas em 1867 na Exposição Universal de Paris como parte da coleção daquela que provavelmente é a figura mais misteriosa na história das caveiras de cristal: Eugène Boban, um francês que serviu como arqueólogo “oficial” na corte mexicana de Maximiliano.

CORTESIA DE PAULA FLEMING COLLECTION
Reprodução da caveira de cristal adquirida pelo Smithsonian em 1886
Em 1874, o Museu Nacional de História do México comprou uma pequena caveira de cristal do colecionador mexicano Luis Constantino por 28 pesos, e outra por 30 pesos em 1880. Em 1886, o Smithsonian adquiriu uma peça semelhante da coleção de Augustin Fischer, que havia sido secretário do imperador Maximiliano no México. A peça, no entanto, desapareceu misteriosamente da coleção do museu por volta de 1973. Quando o mineralogista William Foshag, da equipe do Smithsonian, descobriu nos anos 50 que a caveira fora esculpida com um esmeril moderno, o artefato foi exposto em uma mostra de fraudes arqueológicas.

NOVA GERAÇÃO Esses pequenos objetos representam a “primeira- geração” de caveiras de cristal. Possuem um furo vertical, de cima a baixo do crânio. Esses furos podem de fato ter origem pré-colombiana, e as caveiras seriam simples amuletos de quartzo meso-americanos, posteriormente esculpidos novamente para serem vendidos no mercado europeu.

Na busca pela origem das caveiras de cristal, o nome de Boban não parava de cruzar o meu caminho. Ele chegou ao México na adolescência e passou uma juventude idílica conduzindo suas próprias expedições arqueológicas e coletando pássaros exóticos. Apaixonou-se pela cultura mexicana e começou a ganhar a vida vendendo artefatos arqueológicos e de história natural em um pequeno bazar montado na Cidade do México.

Ao voltar para a França, nos anos 1870, ele abriu uma loja de antigüidades em Paris e vendeu grande parte da sua coleção original de arqueologia mexicana para Alphonse Pinart, explorador e etnógrafo francês. Em 1878, Pinart doou a coleção, que incluía três caveiras de cristal, para o Trocadéro, o precursor do Musée de l’Homme. Boban havia adquirido a terceira caveira que integrava a coleção de Pinart algum tempo depois de seu retorno a Paris. Ela é muito maior que qualquer uma das outras desse primeiro período, com cerca de 10 cm de altura. Atualmente no Musée du Quai Branly, a caveira possui um grande furo vertical que a atravessa de cima a baixo. Existe uma semelhante, porém menor, com cerca de 6 cm, em uma coleção particular. Ela serve de base para um crucifixo; a caveira do museu Quai Branly, relativamente maior que as demais, pode ter sido usada para uma função semelhante.

JAMES DI LORETO/SMITHSONIAN INSTITUTION
A pesquisadora, Jane MacLaren Walsh, e Scott Whitaker analisam a caveira de Mitchell-Hedges nos laboratórios do Smithsonian
Uma caveira de segunda geração – de tamanho natural e sem o furo vertical – apareceu pela primeira vez em 1881 em uma loja de Paris cujo dono não era outro senão Boban. Essa caveira tem quase 16 cm de altura. A descrição no catálogo que ele publicou não indicava o local onde ela teria sido achada, e a peça é listada separadamente em relação às suas demais antigüidades mexicanas.

Quando voltou para a Cidade do México em 1885, depois de 16 anos de ausência, Boban levou essa caveira na bagagem. De acordo com boatos, Boban tentou vendê-la ao Museu Nacional de História do México como um artefato asteca, em parceria com Leopoldo Batres, que ostentava o título de “protetor dos monumentos pré-hispânicos” junto ao governo mexicano. O curador do museu, no entanto, concluiu que a caveira era uma fraude feita de vidro e se recusou a comprá-la. Batres, então, denunciou Boban como falsificador e o acusou de contrabandista de antigüidades.

Em julho de 1886, o antiquário francês transferiu seu negócio para Nova York e mais tarde realizou um leilão de milhares de artefatos arqueológicos, manuscritos coloniais do México e uma grande coleção de livros. A Tiffany & Co. comprou a caveira de cristal nesse leilão por US$ 950 e, uma década depois, vendeu a peça ao Museu Britânico pelo mesmo valor.

Uma terceira geração de caveiras apareceu por volta de 1934, quando Sidney Burney, negociante de arte de Londres, comprou uma caveira de cristal de proporções quase idênticas às do exemplar que o Museu Britânico comprara da Tiffany´s. Não se sabe onde Burney adquiriu a peça, mas provavelmente trata-se de uma réplica da caveira do Museu Britânico – quase exatamente do mesmo formato, mas com os olhos e os dentes modelados de forma mais detalhada. A mandíbula é separada, o que a coloca, por si só, em uma categoria à parte. Em 1943, foi vendida pela companhia de leilões Sotheby´s em Londres para o explorador britânico Frederick Albert Mitchell-Hedges.

SUPERIOR ESQUERDA: THE BRITISH MUSEUM, LONDRES/ INFERIOR ESQUERDA: MITCHELL-HEDGES/DIVULGAÇÃO/ DIREITA: JAMES DI LORETO & DONALD HURLBURT/SMITHSONIAN INSTITUTION
Três exemplos de caveiras de cristal, em sentido horário: a do Museu Britânico, a de Mitchell-Hedges e a do Smithsonian
Desde 1954, quando foram publicadas as memórias de Mithell-Hedges no livroDanger, my ally (Perigo, meu aliado), essa caveira de terceira geração adquiriu uma origem maia. Sua filha adotiva, Anna Mitchell-Hedges, que morreu no ano passado aos 100 anos de idade, tomou conta da caveira por 60 anos, às vezes exibindo a peça de maneira privada mediante o pagamento de uma taxa. A caveira atualmente está nas mãos do seu viúvo, mas dez sobrinhas e sobrinhos reivindicam a peça. Conhecida como a Caveira da Morte, a Caveira do Amor, ou simplesmente a Caveira de Mitchell-Hedges, dizem que ela emite luzes azuis dos olhos e já teria quebrado alguns discos rígidos de computador.

Apesar de quase todas as caveiras de cristal terem sido identificadas como astecas, toltecas, mistecas ou às vezes maias, elas não refletem as características artísticas ou estilísticas de nenhuma dessas culturas. As versões astecas e toltecas de cabeças da morte eram quase sempre esculpidas em basalto, apenas às vezes cobertas com estuque, e eram provavelmente todas pintadas. Esculpidas de maneira mais crua que as caveiras de cristal, elas são mais realistas, principalmente na representação dos dentes. Os mistecas às vezes fabricavam caveiras de ouro, mas essas representações são descritas mais precisamente como rostos em forma de caveira com olhos, nariz e orelhas intactos. Os maias esculpiam caveiras, mas em relevo em pedra calcária. Muitas vezes, essas caveiras, esculpidas de perfil, representam dias do calendário maia.
Eu acredito que todas as caveiras de cristal menores que fizeram parte da primeira geração de fraudes foram produzidas no México por volta da época em que foram vendidas, entre 1856 e 1880. Esse período de 24 anos pode representar a produção de um único artesão, ou talvez de um único ateliê. A caveira maior, que apareceu em 1878 em Paris, parece ser uma espécie de peça de transição, já que possui o mesmo furo vertical que as menores. Essa caveira está nos laboratórios do porão do Louvre, e o Musée du Quai Branly atualmente realiza testes científicos para tentar descobrir mais sobre a idade do artefato e sobre o material do qual é feito.

FRAUDES CONVINCENTES A caveira que apareceu em Paris em 1878 e a de Boban-Tiffany-Museu Britânico que surgiu em 1881 talvez não passem de invenções européias do século XIX. Nenhuma dessas caveiras maiores possui algum tipo de ligação direta com o México, a não ser por meio de Boban; elas simplesmente aparecem em Paris muito tempo depois do seu retorno do México em 1869. A caveira de Mitchell-Hedges, que aparece depois de 1934, é uma verdadeira cópia daquela do Museu Britânico, com floreios estilísticos e técnicos que apenas um experiente falsificador poderia inventar. De fato, em 1936 o pesquisador Adrian Digby, do Museu Britânico, levantou pela primeira vez a hipótese de que a caveira de Mitchell-Hedges seria uma cópia da caveira do Museu Britânico. De qualquer forma, Digby, então um jovem curador, não sugeriu que se tratasse de uma falsificação moderna e negou a possibilidade de que a caveira de seu próprio museu fosse uma fraude, já que um exame microscópico realizado no início do século XX não havia revelado a presença de marcas de ferramentas modernas na peça.

A caveira que chegou ao Smithsonian há 16 anos faz parte de outra geração em relação a essas fraudes. De acordo com seu doador anônimo, ela foi comprada no México em 1960 e seu tamanho talvez reflita a exuberância da sua época. Em comparação com as caveiras originais, do século XIX, a caveira do Smithsonian é enorme; com seus 14 kg e aproximadamente 25 cm de altura, ela faz todas as outras parecerem minúsculas. Eu acredito que ela tenha sido produzida no México pouco tempo antes de ser vendida. (A caveira atualmente integra a coleção do Smithsonian e tem até seu próprio número de catálogo: 409954. No momento, está está trancada em um armário no meu escritório.)

Atualmente existem caveiras de quinta, provavelmente de sexta geração, e fui convidada a examinar uma série delas. Colecionadores me trouxeram caveiras supostamente encontradas no México, na Guatemala, no Brasil e até mesmo no Tibete. Algumas delas eram na verdade de vidro; outras, de resina.
A cientista do Museu Britânico Margaret Sax e eu examinamos as caveiras do Museu Britânico e do Smithsonian sob microscópios de varredura de elétrons e concluímos que foram esculpidas com equipamentos relativamente modernos. Esses instrumentos certamente não estavam à disposição dos escultores das culturas pré-colombianas meso-americanas. (Relatório preliminar da nossa pesquisa pode ser acessado no site do Museu Britânico,www.britishmuseum.ac.uk/compass.) Então por que as caveiras de cristal tiveram uma trajetória tão longa e bem-sucedida, e por que alguns museus continuam a exibi-las, apesar de sua falta de contexto arqueológico e óbvios problemas iconográficos, estilísticos e técnicos? Apesar de o Museu Britânico exibir suas caveiras como exemplos de fraudes, alguns ainda as apresentam como peças originais. O Museu Nacional de História do México, por exemplo, identifica suas caveiras como trabalho de artesãos astecas e mistecas. Talvez seja porque, como os filmes de Indiana Jones, esses objetos macabros são uma forma confiável de atrair o público.

Impressionados por sua excelência técnica e seu polimento brilhante, gerações de curadores de museus e colecionadores particulares foram enganados por esses objetos. Mas eles são bons demais para ser verdade. Se considerarmos que os lapidários pré-colombianos usavam ferramentas de pedra, osso, madeira ou cobre, com areia abrasiva para esculpir pedras, as caveiras de cristal são esculpidas bem demais e são muito polidas para serem genuínas.

No final das contas, a verdade por trás das caveiras deve ter ido para a cova com Boban. Ele conseguiu confundir muita gente por muito tempo e deixou um legado intrigante, que continua a nos estarrecer um século após sua morte. Boban seguramente vendeu a museus e colecionadores particulares algumas das mais intrigantes falsificações conhecidas, e talvez muitas outras ainda estejam para ser reconhecidas. Este certamente parece ser um bom roteiro para o cinema.
Jane MacLaren Walsh é antropóloga do Museu Smithsonian.